25 novembro 2014

QUE INFORMAÇÃO NOS DÃO OS EXAMES NACIONAIS?

Todos sabemos que o arranque do ano letivo 2014/2015 foi muito complicado, alunos sem professores, professores sem alunos, enfim uma autêntica confusão. Todavia o ministério da educação acabou por admitir o erro e até pediu desculpas.
Um pedido que não é novo, mas que agora ganha alguma força porque minimiza os danos é a alteração da realização da data  dos exames do 4º e 6º anos para final do último período de aulas, uma vez que nessa altura é provável que já foram lecionados na totalidade os programas e  os alunos atingiram já as competências nos diferentes domínios.
Depois de se ter colocado de parte todo o investimento feito na educação, voltamos aos exames nacionais com a justificação de que os exames são a forma mais correta de uniformizar o ensino para além de terem a vantagem de obrigar os professores a cumprir a totalidade dos programas. Esta perpetiva de avaliação é efetivamente muito redutora uma vez que as notas de exames serão certamente mais elevadas com a realização de provas mais fáceis ou com mais treino mas isso não significa que os alunos tenham uma boa formação. É verdade que os resultados também servem para refletir sobre os resultados, no entanto não são os exames que põem os professores a refletir, essa é uma prática quotidiana e de todos os professores.Também não são os exames nacionais que podem nivelar escolas e estudantes sem antes analisar pormenorizadamente as consequências da aplicação de políticas de educação erradas que têm vindo a deteorar o ensino público.
Sabemos que quando saem os resultados dos exames e se verifica alguma subida nas médias no PISA mesmo sendo mínima, o governo enaltece valorizando demagogicamente esse pequeno aumento no sentido de evidenciar que está por detrás um grande trabalho.
É urgente refletirmos sim, no sentido de sabermos para onde queremos continuar: trabalhar no sentido de preparar os alunos para exames ou trabalhar para preparar os alunos para a vida? Qual será a nossa responsabilidade no que se está a viver no contexto de educação? Com base na nossa experiência não temos o direito e o dever de dsicutir os objetivos e os efeitos do nosso trabalho perante a sociedade?




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Esta é a "Fofa", mais conhecida por Fofinha

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