02 setembro 2015

"A rapariga no comboio" de Paula Hawkins

Apesar da primeira obra escrita em romance por Paula Hawkins achei a história excelente, brilhante, muito bem contada e muito bem escrita É incrível como é surpreendente e não deixa ninguém indiferente mesmo o leitor mais perspicaz ficará chocado, à medida que os factos vão sendo revelados com o decorrer da leitura. 
É de facto um livro  fenomenal e sem sombra de dúvida que deve ser considerado o acontecimento literário do ano, pois não foi por acaso que foram vendidos mais de 2 milhões de livros em apenas 3 meses.
Foi exactamente isto que eu senti ao ler "A Rapariga no Comboio", no início foi uma leitura que mexeu com a minha parte psicológica, depois foi uma viagem fascinante e emocionante em que o real se confunde com o imaginário.
Paula Hawkins estimula a curiosidade e transporta-nos ao longo do livro para o terreno e aguça-nos a vontade de participar e de interagir com os personagens. Rachel na viagem que faz todos os dias para o trabalho observa sempre as mesmas casas e numa delas observa um casal e imagina o seu quotidiano. Na sua imaginação este casal tem uma vida perfeita, parecida aquela que ela tinha antes de se divorciar. Todavia a vida do casal a partir de uma certa altura, quando Rachel observa algo anormal, altera-se.
No que diz respeito ao enredo está excelente  Rachel, Anna e Megann três mulheres com personalidades bem distintas e Tom, Scot e Kamal as personagens masculinas que também nos irão surpreender ao longo do desenrolar da história. Cada uma delas vai contando numa visão completamente distinta o que se passou nos dias antes do desaparecimento de uma delas, e depois do desaparecimento da mesma, sendo o desfecho completamente surpreendente e comovente.
A personagem principal é a  Rachel,  divorciada, com problemas graves de alcoolismo, que a levaram a perder o emprego. É ela a verdadeira rapariga no comboio, pois é ela que faz as viagens todos os dias como se fosse trabalhar, com o objetivo de que a sua senhoria e amiga, não descubra que ela perdeu o emprego. De início não gostei muito desta personagem, mas com o decorrer da leitura comecei a entende-la e a perceber o quanto desgastante e terrível deve ser a vida de um alcoólico.
Rachel tem momentos brancos na sua memória em que não se consegue lembrar do que fez antes, consegue ter algumas pequenas lembranças mas não sabe se são reais ou fruto da sua imaginação. Para um alcoólico não deve ser  fácil pois 
quando saem da ressaca e se tentam lembrar do que fizeram não conseguem,  porque o álcool deixa danos no organismo e a partir de uma certa quantidade de informação não permite a sua memorização.
Sem qualquer tipo de reservas recomendo a todos os meus amigos viajar neste livro fantástico.

Moral da história: todas as pessoas têm segredos nomeadamente aquelas que nos rodeiam, no entanto muitas vezes os nossos olhos não vêem com olhos de ver levando a nossa mente a criar histórias irreais.

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Esta é a "Fofa", mais conhecida por Fofinha

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