Com o pretexto de "melhoria e rigor", Nuno Crato deitou por terra um ensino de qualidade que vinha a ser trilhado, embora lentamente mas com resultados muito positivos.Durante muitos anos foi crítico do sistema educativo e revelou sempre ter muito interesse pelos aspetos pedagógicos, no entanto quando fala da matemática e do português, faz lembrar a escola salazarista que era uma escola sem futuro e medíocre, onde aprender a "ler, escrever e contar" é que contava. Introduziu uma série de medidas que têm vindo a ser tomadas sem previamente sem serem baseadas em dados de avaliação, nem em incongruências verificadas no programa em vigor, nem em práticas internacionais de referência. Com estas medidas o programa do ensino básico homologado por este ministro em 2013 suspende o programa de 2007 que se encontrava em vigore e que ainda não tinha sido avaliado. A introdução dos exames nacionais no 4º e 6º ano remetendo para segundo plano a maior parte das orientações curriculares que se têm defendido nas últimas décadas. Assim, vimos todo o investimento cair por terra, nomeadamente a formação contínua de professores que se realizou, com acompanhamento em sala de aula e também os manuais tinham sido adaptados ao programa. Assim, com esta politica fundamentalista e extremista com a transferência de grande autonomia e liberdade às escolas e a grande intervenção das comunidades locais nas escolas retrocedemos no tempo e eu como cidadã que amo o meu país, assisto sem poder fazer nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário